sábado, 14 de junho de 2008

UM ENCONTRO ESPECIAL E AS REGRAS QUEBRADAS POR JESUS

UM ENCONTRO ESPECIAL E AS REGRAS
QUEBRADAS POR JESUS
Leitura Bíblica: João 4: 3 - 30
Jesus fazia uma viagem a pé com os discípulos. Durante o percurso, pararam junto a uma fonte de água para descansar.
INTRODUÇÃO
Ali Jesus encontrou uma mulher da cidade de Samaria que fora ao poço para apanhar água. Jesus pediu um pouco daquela água para beber e, então, se iniciou um diálogo que transformou a vida daquela mulher.
Jesus deixou a Judéia (v.3) - Região ao sul da Palestina, onde estava localizada a cidade de Jerusalém, retirando-se outra vez para a Galiléia (v. 3): Região ao norte da Palestina, próxima a Síria. Ali Jesus passou a maior parte de sua vida.

Samaria (v.4): Região intermediária entre o norte e o sul, que era evitada por judeus. Para ir do norte ao sul, os judeus circundavam a província de Samaria, seguindo o vale do Jordão para o norte. A primeira quebra de regra é que a rota seguida por Jesus incluía passar pela cidade samaritana de nome Sicar, que ficava perto das terras que Jacó dera a José, seu Filho.
V. 6 – Jesus cansado da viagem precisou parar, pois tinha fome e sede. Pára exatamente junto ao poço de Jacó.
Poço de Jacó (v.12): Fica a 800 metros ao sul de Sicar, na estrada alta de Jerusalém, onde o caminho faz uma curva para entrar num vale situado entre o monte Gerizim e o monte Ebal. Está situado perto da tumba de José, no terreno adquirido por Jacó e, segundo os estudiosos, é um dos lugares mais autênticos de todas as terras bíblicas. O poço tem uma profundidade de 32 (trinta e dois) metros, mas devido aos muitos turistas que empurravam ou lançavam pedras no poço a fim de escutar quanto tempo a pedra demorava a chegar na água, sua profundidade foi reduzida pouco a pouco até chegar a 23 (vinte e três) metros. Mede 2,3 metros de circunferência. A água é fria e refrescante, já que o poço é profundo e é não só uma cisterna, mas um manancial, ou seja, alimenta-se tanto de água da superfície como de uma fonte subterrânea* .

Era a Hora Sexta (v.6): ou seja, meio-dia sob forte calor. Junto à fonte de Jacó, Jesus encontrou ali a mulher de Samaritana.
Samaritanos (v.9): Habitantes de Samaria. Eram colonos enviados pelo rei da Assíria a fim de habitarem na terra de Israel depois do cativeiro e, portanto, eram desprezados pelos judeus (II Reis 17: 24-41). Ao lermos o texto de II Reis 17, é possível entender que quando lá chegaram não temiam ao Senhor, por isso o Senhor mandou leões que devoraram a muitos. Por essa razão o rei da Assíria ordenou que trouxessem um dos sacerdotes que fora levado e as palavras do rei eram: “e lhes ensine o que exige o Deus da terra” (verso 27). Foram ensinados a temer ao Senhor, diz o verso 28.
No tempo de Zorobabel (lider dos judeus que voltaram do cativeiro) tentaram, em vão, fazer uma aliança com os retornados do cativeiro na edificação do templo (Edras 4:2-3). Eles disseram: “Deixa-nos edificar convosco, porque como vós buscamos o vosso Deus”. Tinham um templo no monte Gerizim e foram caridosamente tratados por Cristo. Veja a parábola do bom samaritano (Lc. 10:30).
Vale lembrar que dissemos que Jesus quebrou a primeira regra ao passar por Samaria, pois bem, a segunda regra quebrada por Jesus foi que se dirigiu a uma mulher.
Passou por Samaria
Falou com uma mulher em público – os fariseus evitavam contato com qualquer mulher não parente;
Dirigiu-se a uma Samaritana – na opinião dos rabinos os samaritanos eram ritualmente imundos;
Ensinou a uma mulher – os fariseus opinavam que era melhor queimar a Tora (a lei de Deus) do que entregá-la a uma mulher. No verso 22 o Senhor Jesus diz a mulher: ”vós os samaritanos adorais o que não conheceis. Nós adoramos o que conhecemos”.
Todavia Jesus era um ganhador de almas, por isso mesmo ele:
Abre o diálogo fazendo um pedido: “Dá-me de beber”;
Suscita curiosidade: “como sendo tu Judeu pede de beber a mim que sou mulher samaritana”;
Provoca interesse profundo ao dizer: “se conheceras o dom de Deus e quem é o que vos pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias e ele te daria água viva”;
Transforma o interesse em convicção de pecado (vv. 16-18);
Revela quem Ele é (vv. 19 e 26);
Cria o deseja de testemunhar (vv. 28 e 29) – “vinde, vede um homem que me disse tudo o que tenho feito. Poderia ser este o Cristo?”

Reflexões
Os judeus evitavam os samaritanos por questões raciais e religiosas, mas Jesus não tinha tais preconceitos. Para ele era necessário passar por todos os lugares onde houvesse alguém necessitando de sua presença para ouvir as boas novas de salvação. Ainda hoje é necessário, para ele, passar na vida de todos nós.No diálogo com a mulher samaritana, Jesus ofereceu-lhe "água viva". Qual a diferença entre a água do poço e a "água viva" oferecida por Jesus? (vv.10-14).
A expressão "água viva" é uma figura usada por Jesus Cristo para mostrar o interesse de Deus em preencher todas as nossas necessidades espirituais e saciar a ansiedade do homem em busca do verdadeiro significado da vida. Jesus sabia que aquela mulher tinha alguns problemas pessoais e mostrou-lhe que os conhecia (vv.16-18).
Da mesma maneira como Jesus sabia dos problemas que a mulher samaritana enfrentava, ele conhece os nossos e Seu profundo amor por nós, faz com que Ele se interesse também pelos nossos problemas.
Quando a mulher samaritana falou que o Messias viria e anunciaria todas as coisas e Jesus disse "Eu o sou, eu que falo contigo" (vv.25-26), Ele estava afirmando que Ele mesmo era o Messias prometido por Deus através dos profetas do Velho Testamento. Messias ou Cristo eram termos para designar o "Ungido de Deus" que ia libertar o povo de seus pecados
Conclusão
Do encontro com Jesus, a mulher samaritana pôde receber dele a "água viva" que sacia todas as necessidades espirituais do ser humano. Para que isso acontecesse a mulher samaritana passou pelo seguinte processo:
Reconheceu que Deus está onde quer que o busquemos em espírito e verdade (vv.20-24);
Reconheceu que Jesus Cristo não era apenas um profeta, mas o próprio Messias;
Creu em Jesus Cristo de tal forma que pôde testemunhar sobre os seus ensinos para os habitantes de sua cidade (vv.28-30).
Por tudo isso tornar-se importante fixarmos em nossas mentes que “a hora vem e já chegou” e que “Deus é Espírito e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.
O Apóstolo Paulo ao passar pela Grécia, na Cidade de Atenas, e deparar-se com um altar erigido “AO DEUS DESCONHECIDO”, inicia a sua evangelização dizendo: “Ora, esse que vós honrais sem conhecer é o que vos anuncio” (Atos 17: 23).
Era o que acontecia com os samaritanos: honravam ao Senhor porque foram ensinados a temê-lo, mas não o conhecia. No entanto, é necessário conhecê-lo e assim o declarou o profeta Oséias:
“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Oséias 6:3a).

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